sábado, 21 de março de 2009

Inhabited

Eu simplesmente acordei e não reconheci mais nada. Tudo diferente. Tudo muito mudado. Tudo se apresentava estranhamente. Não sei por quanto tempo dormi. Eu não sei se foi no sono da madrugada, no sono da manhã ou se foi no da tarde... Só acordei. Não gosto da forma como tudo ficou. Não gosto. Não gosto de mim assim, e eu costumava gostar bastante.

Sou o habitat de um coração descompassado. Ora o ritmo é frenético (como na hora do mais louco dos sexos). Ora é calmaria (começo de manhã na praia num dia de frio). Não consigo identificar o que vem primeiro nessa desordem. Fecho os olhos pra ver se encontro um foco, e nada. Fecho os ouvidos na tentativa de me concentrar e então encontrar a resposta, ouvir "the voice within", e nada. O contrário também não funciona, nem no volume máximo da música agitada.

Sinto que não deveria lutar. Sei que isso não significa desistir. Sinto que não deveria aceitar isso tudo. Sei que isso não significa ser "grande". Na caminhada eu me distancio mais quando chego bem perto, é um efeito retardado e ao contrário. Não é, nem de longe, aquilo o que esperava, e ainda espero. E cheguei a quase entregar tudo. Tudo mesmo, numa caixa bonita e vislumbrei até uma fita que a envolveria.

E amando seremos também amados. Essa é a lei. O que fizerem pra mim também receberão, na mesma proporção. E eu me pergunto como é que os caros amigos ainda me acompanham nesse "doidera" aqui.

Como me é bastante peculiar: eu mando um beijo e me despeço.

PS: na trave não é gol. Como diria o nosso querido amigo poeta: "É o quase que me incomoda".

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