quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ser e Ter.

Eu sempre me imagino frente a frente com um Gênio da Lâmpada, como aquele do Aladin, e ele me pergunta sobre os meus desejos. Como na minha imaginação tudo é possível, eu posso pedir qualquer coisa... Qualquer! Sò pedir e TEREI. Mas quem além de mim dispensaria o gênio? Até no sonho... Poxa. Não! Obrigado... Eu gosto do jogo. Gosto de conquistar. Eu quero ter só o que mereço e sentir o sabor de consegui-lo e os dissabores de perder. Saber a realidade dos "nãos". Não ter.
Nesse POST embalado por Michael Jackson e seu un-thinkable "This is It" - Como pode um artista ter tantos talentos? Ele estava no comando. OMG. O cara não poderia mesmo ser entendido por aqui... ele era do além. Enfim... Caras-pálidas. No post de hoje quero falar sobre o fato de ter ou não. Mas ter um alguém. Ter vários alguéns não é bom. Bom mesmo é ter "o" alguém. Ha-ha-ha. Tarefa difícil.
Analisando o assunto à luz da psicologia do meu querido Renan seria difícil explicar... Mas, não sou dado a psicologias. Aliás, sobre os psicologos... Guardo os comentários e salvo exceções. Bora voltar ao assunto (eu sempre me perco). Foco!!. Sendo Shakespeareano... Ter ou não ter? É essa a apoquentação!! Mas ter de verdade. O TER que o ser humanóide adora. Ter, ter e ter e depois sofrer, e ser feliz e sofrer... Então, sobre isso o Renan foi brilhante: "não estamos preparados para o NÃO. Precisamos Ter". O Michael tinha talento e isso lhe saía pelos poros. Alguns têm coisas que nem valorizam. Outros até valorizam coisas que perdem. Mas e sobre ter o outro? Sabê-lo seu. Senti-lo seu. Estabelecer a posse.
É sobre a posse egoística que estou me referindo. Aquela que te faz se incomodar com um olhar de flerte lançado sobre sua posse. Ou ainda um olhar que parte do seu bem em direção a qualquer coisa que não seja você. Porque sou humano e tenho fraquezas eu penso sobre isso tudo. Porque sou inteligente e sensível eu sempre pensarei sobre isso. E quem já teve sabe do que estou falando. Queremos ter a companhia agradável para a festa, para o show ou para o café da tarde na padoca. Ter e ser do outro. Sabe o quanto é bom? Ver TV e fazer comentários sobre tudo. Ter alguém que te convide para o cinema, o filme nem importa, ou simplesmente se preocupe contigo, não é nada demais, nada de menos, ter um outro corpo sob o edredon naquele dia em que a gente mata o trabalho só pra ficar ali. As mensagens trocadas pelo mobile, e a distância vira um detalhe geográfico... As respostas atravessadas que só mesmo quem tem entende. Ter a compreensão para os temores do dia-a-dia e conhecer as delícias do sexo com carinho. Gozar juntos e comer juntos e ler juntos e andar juntos e poder fazer tudo isso sozinho sabendo que o outro está lá, pra você...
O problema "são" os problemas que do TER advem. Mas isso fica pra depois... Me cansei. Típico aliás.
Gosto de falar sobre isso, gosto muito. Mesmo mantendo um distanciamento seguro do assunto. É isso, eu costumo rezar antes de dormir e enquanto caminho, mas entre uma e outra prece penso sobre coisas... Algumas delas eu exteriorizo por aqui. Algumas eu "despenso" e dispenso. Lembrando sempre que os devaneios do pobre narrador-autor-personagem devem sempre ser absorvidos em doses suaves e homeopáticas. Advirto também que não será necessário ter para ser e sentir-se feliz e completo.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Frio que sopra do Ártico e Inspira.

Pode pensar o que quiser. Não me ofendendo e não me importo de ser confundido. Tudo isso me amplia, me liberta dos condicionamentos. Não é um julgamento, é uma referência. Não me sinto desaforado, nem nada. Não me sinto incomodado, não me sinto diminuído, não me sinto constrangido. E também se não me chamar... Cara pálida! Aliás... eu sou inteligente e sim, eu converso com ênfase. Muita ênfase. Sou sensível. Pra Sempre. Pode dizer... Eu me preocupo com os detalhes. E com o que nem merecia a mínima. De vez em quando eu dou água para as samambaias, pérolas aos porcos e carne de primeira aos cães. Me preocupo com a vaidade. Nada de descabido. Me preocupo com a verdade. Nada de novo. Sim, eu guardo segredo. Eu os guardo como relíquias. Me importo com as palavras, até as que não foram ditas ou ficaram apenas na intenção. Sim, eu tenho muito bom senso, inclusive o de humor. Sou discrente no passado e carente pelo futuro. Ok, eu tento acertar ao escolher as roupas. E agora eu até curto cuidar do corpo. Eu afino e defino traços. Sim, sempre falei sobre sexo sem vergonha e amo dançar levantando os braços. E Chamam de gay, de hétero, de brega e louco. Bicha e maconheiro eu deixo pra canção do Cazuza (ad eterno). Aliás, hoje em dia ser bichinha é super in, cult e tals. Mas maconheiro? Tão anos 80, lá ainda tinha seu charm mas hoje em dia né! Com tantas coisinhas químicas. So out. Mas enfim. Eu até choro sem tais consolos, e nem uso os lenços e os meus pesadelos passaram na infância. Sim, eu dobro toalha de mesa como se fosse um pijama de seda. Sou aberto e me livrei dos preconceitos ( o comentário sobre a ervinha weed está longe de ser um julgamento, tadinha). Eu posso andar de mãos dadas com os anéis. Yeah, eu assisto a um filme para me organizar no escuro e reinventei uma concepção sobre a sexualidade humana, reinventei meus princípios, reinvento o meu rosto de noite, não morri no ventre e tenho uma mãe que beira a perfeição. Numa conversa eu procuro a cor da íris, o castanho dos cílios. Sou muito bom! Sou o melhor amigo das amigas e dos amigos. E o sou de verdade. Sem clichês ou lugares-comuns que me enojam. Aceno ao máximo no aeroporto, na rodoviária ou no ponto de ônibus nas depedidas de quem gosto, chamo o táxi com grito, me importo com o sofrimento do outro, com a rejeição, com o medo do isolamento e não tolero a omissão, a inveja, o rancor. Não tolero esses sentimentozinhos rélis que teimam em dominar as cabeçinhas ocas. Sim, eu vou esperar sua primeira garfada antes de comer e nunca mesmo vou palitar os dentes. Eu desabafo os sentimentos diante de um copo de vinho ou de um copo de água. Eu sou o mesmo. Digo que amo sem vergonha e de peito-tórax abertos e digo com verdade. Pois é, sou mesmo generoso com as perdas, e muito mais com as pseudo-perdas. Nunca economizo elogios e coleciono sapatos. Sou educado e isso é mais forte do que minha vontade às vezes. Sou espontâneo, estou vivo para não me reprimir na hora de escrever e poder falar o que quiser e não fazer de conta.


Aos caríssimos. Hoje me estendi.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Palavras Trocadas.

Sempre achei bem mais fácil falar sobre coisas difíceis. Falar ou escrever sobre coisas fáceis sempre me foi algo difícil. Por que a gente é assim? Por que o fácil nos parece muito mais difícil quando na verdade... fácil é fácil, e pronto. Gostamos de complicar, de mascarar. Quando nos deparamos com uma situação fácil, mas realmente fácil, não conseguimos nem ao menos enfrentá-la. A gente não sabe lidar com isso. É tão verdade... Lembra-se daqueles testes nada complicados? Nunca aceitamos que as respostas simplesmente estavam ali, saltando do papel. Mas é só isso? A gente se põe a perguntar. E se a vida torna-se um mar de tranquilidades... Lá vamos nós agitar. Nada de "chá das cinco". Calmo demais!!Nada pode estar ordenado ou parecer plácido demais. Saca? A gente não quer. A gente não gosta... A gente não se reconhece ali. Não estou falando de utopias e nem de achar que tudo é lindo ou totalmente feliz. Mas é bem mais fácil. Fato. Me ajude a levantar o cartaz para uma vida mais fácil. Um mundo mais fácil. Descomplique. É bem fácil.



Não é tão fácil falar a verdade...
Mas pense no quão difícil é manter uma mentira.

Seguidores